sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Os azulejos

"...um São José de azulejo
sob um sol de primavera,
....................................
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!"

Os azulejos são uma constante na paisagem portuguesa. Como sempre, busco a origem da palavra: vem do hispanoárabe "al-zuleiq" e significa 'pedaço de barro liso'. Quem o levou para Portugal foi D. Manuel, o Venturoso, o das Descobertas, o do Mosteiro dos Jerônimos, o da Torre de Belém e muitas otras cositas más. O afortunado, o sortudo. Isso significa que os azulejos estão na vida dos portugueses desde o século XVI. E permanecem até hoje, com diversos estilos, através dos séculos. Existe um Museu dos Azulejos em Lisboa, que, infelizmente não deu para visitar desta vez.
Cheguei num domingo, e aí, nada das lojas de tecido da Rua Augusta. Então peguei um táxi e pedi ao motorista que me levasse, primeiro, à Avenida de Roma, onde residi por um breve tempo, lá pelos idos dos anos 60. Fui olhar o prédio, que não mudou muito, a não ser pelo comércio do térreo (rés-do-chão). A avenida, sim, mudou muito, para melhor, olha que são 40 anos! Pedi, então, que me levasse a um dos miradouros da cidade (chamada também de "a cidade das sete colinas"), e ele me levou ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, perto de uma das entradas para o Bairro Alto, com uma vista incrível sobre Lisboa.
Vejam só o que encontrei lá:

Um mapa de azulejos junto à balaustrada ajuda a identificar alguns locais de Lisboa. Dá pra ver desde as muralhas do Castelo de São Jorge  e da Sé de Lisboa (séc. XII) até a Igreja da Penha de França (séc. XVIII). Também a Igreja da Graça e São Vicente de Fora. A gente vai acompanhando o desenho e enontrando os monumentos. Um espanto! Uma maravilha! Só para esclarecer: a foto não é minha, tirei deste site.
Agora, os meus azulejos:
 Em Óbidos, a Porta da Vila. Os azulejos são do século XVIII. A cidade é toda amuralhada. Fiquei apaixonada por Óbidos e gostaria de voltar a visitá-la com mais vagar.




Em Alcobaça,  não resisti à singeleza deste azulejo no portão de uma quinta:
:


Em Tomar,  no Convento de Cristo, respira-se a época dos Templários, dos cavaleiros de Cristo:

Tomar



Tomar

Depois de Tomar, fomos para Évora, depois voltamos a Lisboa, e acabou-se a história.
Em tempo: a letra do fado lá do começo pode ser lida aqui.( por Cecilia)



2 comentários:

Lili disse...

Cecília, que belezuras postadas aqui! Adorei as fotos e AMEEEEEEEEEEIIII os azulejos... já fiquei imaginando os mosaicos lindos que poderia fazer com eles - pena que para tanto teria que quebrá-los! Mas tudo bem, porque em seguida iria juntá-los de volta dando mais vida e novas formas!!! :D
Uma delícia de viagem com certeza.
Quantas riquezas culturais, históricas, ancestrais...
Ficam nos meus sonhos! :)
Bjks! ;)

Laély disse...

E aí, Cecília! Bem vinda!
Acho lindos os azulejos decorados! São a cara de Portugal.